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O Poder do Distrito Industrial

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O Distrito Industrial de Cuiabá já faz parte do cenário cuiabano. Há mais de quarenta anos está instalado nas margens da BR-364, reunindo uma grande cadeia de empresas que movimentam o setor industrial da capital e ajudam a aquecer a economia de Mato Grosso. Mas quem passa pela rodovia rotineiramente, sejam transeuntes ou motoristas, talvez ainda não tenha ideia da magnitude da importância da localidade.

São aproximadamente 250 empresas dos mais diversos ramos, que geram milhares de empregos para a região, movimentam a economia local e suscitam fluxo de impostos para o estado.

Uma importância, que ao que parece, foi por muito tempo colocada de lado. Desde 2016, a área não recebia nem uma obra de infraestrutura sequer. Transitar pela região significava, por exemplo, ter que desviar de buracos a centímetro.

Mas esse cenário já começou a mudar. O Governo do Estado, assinou uma ordem de serviço de mais de R$ 20 milhões para obras de asfaltamento e revitalização, que beneficiará 23 ruas e seis avenidas do bairro, compreendendo uma área total de 461 mil metros quadrados de beneficiamento. Pelo trajeto serão aplicadas soluções como fresagem, demolição do antigo pavimento e, por fim, o recapeamento.

O resultado, será muito mais qualidade de vida para aqueles que precisam passar por ali todos os dias. Foram anos de muita luta para conseguir ter essa demanda atendida. E temos a expectativa de que a partir de agora muito mais seja feito. Até porque o Distrito Industrial foi escolhido para construção do terminal da 1ª Ferrovia Estadual, e com isso, deverá atrair ainda mais cuidados e atenção do Poder Público.

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A escolha demonstra claramente a importância que o Distrito representa tanto economicamente, quanto historicamente para a nossa capital. Esse esforço concentrado irá possibilitar o crescimento da industrialização da região metropolitana, ao passo em que ele irá viabilizar a interligação e escoamento da produção. Por todo o mundo, as áreas onde estão instalados distritos industriais são beneficiadas.

E isso não ocorre a bel prazer ou por favorecimento para classe, mas sim pela capacidade de geração de renda que ela traz para toda a sociedade. Com a chegada da ferrovia, a previsão inicial é que sejam criados cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos, em postos ligados diretamente a sua construção como também em outros postos de trabalho.

Atualmente, mesmo sem os trilhos, as empresas que ali estão geram sozinhas cerca de 8 mil empregos diretos, renda e ainda arcam com uma gama expressiva de impostos que são pagos e acabam retornando para toda a população, por meio de investimentos. Implantando em 1978, o Distrito Industrial tem por objetivo principal criar uma estrutura que seja capaz de atrair e instalar empresas no estado.

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A época em que ele foi criado remete justamente a um período anterior em que a industrialização na capital sofria uma estagnação e a principal atividade econômica era exportação de matéria prima in natura. Foi somente a partir de 1968, que esse cenário começou a mudar e engrenar para uma época em que Mato Grosso começou a desenvolver seu mercado produtor industrial e emergiu no cenário nacional.

Atualmente, a participação estadual na indústria brasileira é de 16,3%, de acordo com informações do Portal da Indústria. Esse avanço parece ter obedecido a um caminho natural, mas não. Precisou de muito empenho de toda a categoria para reunir esforços e claro, devemos reconhecer o apoio público com ações de estímulo econômico. E muito desse desenvolvimento regional contou com participação do Distrito Industrial.

Hoje, abrigamos nos nossos 700 hectares de território, empresas de armazenamento de cereais; beneficiamento de borracha; indústria de fertilizantes e muito mais.  Atualmente, o Distrito Industrial está com 70% do seu espaço em funcionamento e, com a ferrovia, em breve precisaremos expandir a área deste setor industrial. Por isso, ações de melhoria de infraestrutura são tão importantes, talvez tanto quanto os incentivos em tributos.

Somente assim conseguiremos um setor mais forte e que consiga, dessa maneira, ajudar cada vez mais no avanço do nosso estado. 

*Margareth Buzetti é empresária.

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Equidade e igualdade no transporte escolar rural

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Alan Porto

Ir para a escola fica mais confortável para mais de 53 mil estudantes da zona rural de 78 municípios de Mato Grosso. É que o Governo do Estado e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) está entregando às prefeituras 270 novos ônibus escolares. Somados aos veículos já entregues por esta gestão, temos 896 unidades repassadas a 141 municípios.

O investimento já chegou a quase R$ 500 milhões e a meta é renovar 100% da frota até 2026.

A Seduc entende que transporte de estudantes, especialmente o de crianças, significa preocupação com a próxima geração. E o transporte escolar é uma das coisas mais importantes para o foco que temos na aprendizagem.

O transporte escolar, inclusive, é uma das políticas educacionais do Plano EducAção 10 Anos, que objetiva colocar a nossa rede estadual de ensino entre as 5 redes públicas mais bem avaliadas no país até 2032.

É uma política pública essencial para garantir igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, além de fortalecer a educação no campo.

Afinal, para que as crianças aprendam mais Matemática, mais Língua Portuguesa, entre outros conteúdos, é necessário oferecer a elas qualidade de vida no ambiente escolar, e isso começa no trajeto de casa até a escola com um transporte moderno, com acessibilidade e com segurança.

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O critério técnico foi fundamental na hora de tomar a decisão justa e eficiente para a distribuição desses veículos.

Com base nas informações disponibilizadas pelos municípios no Sistema Transcolar, como o total de estudantes que utilizam o transporte escolar rural e a capacidade de lotação transporte dos veículos com até 10 anos de uso por município, entre outros, ficou estabelecido prioridades aos que mais necessitavam de reforço nas frotas já existentes.

O Sistema Transcolar, ferramenta de gestão fornecida pela Fundação Christiano Ottoni e Universidade Federal de Minas Gerais, é o que há de mais moderno em termos de gerenciamento de frota.

Permite, além do cadastro de dados, a otimização de rotas, cálculo de custos, mais alternativas de visualização de dados, relatórios de viagens com a inclusão de custos por rota e viagem e georreferenciamento automático dos estudantes das escolas rurais da rede.

É preciso enaltecer a escolha criteriosa dos municípios que receberam os novos ônibus escolares, pois, isso demonstra um compromisso sério com a educação e com o bem-estar dos estudantes. Afinal, um transporte de qualidade é fundamental para garantir que as crianças e jovens consigam chegar à escola com pontualidade.

Além disso, a transparência na distribuição dos veículos é essencial para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficiente e justa. A utilização de critérios técnicos e dados concretos para definir quais municípios seriam contemplados mostra um compromisso com a equidade e a igualdade de oportunidades na educação.

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É importante ressaltar, também, que o investimento em transporte escolar não se resume apenas à aquisição de veículos, mas também envolve a manutenção da frota, a capacitação dos motoristas e a garantia de que os estudantes estejam seguros durante todo o trajeto.

Portanto, a entrega dos novos ônibus escolares é apenas o primeiro passo para melhorar a qualidade do transporte escolar no estado.

Por fim, é fundamental que a sociedade reconheça e valorize a importância do transporte escolar para a educação. Afinal, garantir que os estudantes tenham acesso à escola é um direito fundamental e um dever do poder público. E a escolha criteriosa dos municípios que receberam os novos ônibus escolares é um exemplo de como é possível promover uma educação de qualidade e inclusiva para todos.

Alan Porto é secretário de Estado de Educação de Mato Grosso

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