NEGOU PEDIDO DO MPE

TJ mantém autorização para obras e Sema continua na gestão do Morro de Santo Antônio

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso indeferiu mais dois recursos da promotora Ana Luiza Peterlini, do Ministério Público Estadual (MPE), que tentavam suspender as obras realizadas pelo Governo do Estado no Morro de Santo Antônio e afastar a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) da administração da unidade de conservação.

Em uma das decisões, o desembargador Deosdete Cruz Junior afirmou que o afastamento da Sema da gestão do Morro seria uma decisão “temerária e desproporcional, incompatível com os postulados constitucionais da separação dos poderes, da autonomia administrativa e da repartição federativa de competências”.

O magistrado avaliou que a promotora não comprovou as alegações, principalmente de que a continuidade do Estado na gestão da unidade implicaria em um risco irreparável para o meio ambiente, e afirmou que isso somente seria possível se o Estado não tivesse a estrutura e o aparato necessários para manter a unidade de conservação.

Peterlini havia alegado que o Estado estaria sendo omisso e leniente diante de irregularidades identificadas na execução das obras que buscam promover mais acessibilidade aos visitantes do Morro, e que uma possível inércia da Sema estaria provocando um grave dano ecológico.

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Então, ela pediu que a Justiça afastasse a Sema da gestão da unidade de conservação, designando uma administração provisória, e determinasse o bloqueio de verbas públicas e a implementação de providências para conter e reparar o dano ambiental.

Contudo, o desembargador observou que a Sema já promoveu medidas corretivas após identificar falhas nas obras, e que o órgão estadual trabalha na elaboração de um plano de manejo para o local.

“Nesse contexto, não se vislumbra, de forma clara e irrefutável, omissão dolosa por parte do ente estadual, tampouco situação de risco atual, concreto e irreversível que legitime a intervenção judicial pleiteada, mormente em fase processual ainda incipiente, em que não se formou o contraditório nem se permitiu a adequada instrução probatória”, decidiu.

Em outra decisão, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Zuquim Nogueira, também negou pedido da promotora para suspender a autorizou liminar para continuidade das obras. O presidente afirmou que o pedido é “manifestamente incabível”, uma vez que a via processual escolhida pela promotora foi inadequada.

Terceira derrota

Com as duas decisões, já são três decisões contrárias do Tribunal de Justiça aos pedidos da promotora Ana Luiza Peterlini contra as obras do Governo do Estado no Morro de Santo Antônio.

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No mês de abril, o juiz Antônio Horácio da Silva Neto, da Vara Especializada do Meio Ambiente de Cuiabá, negou o pedido liminar da promotora para suspensão das obras, afirmando que o Estado tem cumprido os requisitos legais, e pontuando o “impacto positivo” da obra.

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Pinga Fogo

Max afirma que vai exonerar servidor que agrediu garota de 16 anos: “Não vamos passar pano”

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O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), afirmou nesta segunda-feira (12) que vai exonerar o procurador Benedito César Corrêa de Carvalho, que foi preso em flagrante no último sábado (10) por ameaçar matar uma garota de programa de 16 anos, no apartamento onde ele mora no bairro Araés, em Cuiabá. Conforme o deputado, ele não irá “passar pano” para condutas criminosas.

“Vai ser [exonerado]. Há reincidência, a gente sente pela família, ele tem pais idosos que não têm culpa e a gente fica triste por isso, mas o que ele vem fazendo reiteradamente de abuso contra as mulheres a gente não pode aceitar. Ele vai ser analisado com o rigor da lei, pode ter certeza que nós não vamos passar pano. Pode ser procurador, que é o cargo concursado melhor dentro da Assembleia, mas nós já fizemos em outro caso e vamos fazer ainda mais forte nesse porque é uma reincidência e é uma violência contra a mulher”, acrescentou.

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Ainda de acordo com Max Russi, a permanência do procurador nos quadros do Parlamento estadual já estava ameaçada, já que ele estaria respondendo a outro processo administrativo disciplinar desde agosto do ano passado, quando foi detido sob acusações semelhantes.

“Ele já estava respondendo, já tinha uma situação bastante difícil, agora, o processo tem que ser feito de forma legal, nos trâmites legais, dando oportunidade de defesa, do contraditório”, afirmou.

Ao comentar sobre os impactos do caso na imagem da Assembleia e da procuradoria, Max destacou que é necessário diferenciar condutas individuais das instituições.

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