OPERAÇÃO GRAVATAS

Justiça condena advogados por favorecimento ao CV

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Três advogados e três líderes do Comando Vermelho com atuação no médio norte de Mato Grosso, alvos da Operação Gravatas, foram condenados por integrar organização criminosa armada. Os advogados foram condenados também por colaborarem, como informantes, com a organização destinada à prática de tráfico de drogas. A sentença é da 5ª Vara Criminal de Sinop (a 500km de Cuiabá) em ação penal ajuizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Estado de Mato Grosso (Gaeco).

Tiago Telles foi condenado a sete anos, um mês e 10 dias de reclusão, além de 23 dias-multa. Robson Júnior Jardim dos Santos recebeu condenação de seis anos, dois meses e 20 dias de reclusão, além de 21 dias-multa. E Paulo Henrique Campos de Aguiar teve a pena fixada em seis anos, dois meses e 20 dias de reclusão, além de 21 dias-multa.

Conforme a sentença, os dois primeiros são os líderes da organização criminosa Comando Vermelho em várias cidades, englobando Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã e parte de Sorriso. Já Paulo Henrique é considerado o “braço direito” de Tiago. O três deverão iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.

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Roberto Luis de Oliveira foi condenado a cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão e 19 dias-multa. A pena de Jéssica Daiane Maróstica foi arbitrada em quatro anos e oito meses de reclusão, além de 16 dias-multa; assim como a de Hingritty Borges Mingotti foi fixada em cinco anos e quatro meses de reclusão e 17 dias-multa. Os três advogados iniciarão o cumprimento da pena em regime semiaberto.

O réu Tallis de Lara Evangelista foi absolvido. E o réu Leonardo Qualio, que é policial militar, está respondendo perante a Justiça Militar.

A Operação Gravatas foi deflagrada em março do ano passado pela Delegacia da Polícia Civil de Tapurah, visando cumprir 16 ordens judiciais, sendo oito prisões preventivas e oito buscas e apreensões, contra quatro advogados, um policial militar e três líderes de uma facção criminosa custodiados no sistema prisional. Os mandados foram cumpridos em Sinop e Cuiabá.

De acordo com as investigações, os líderes da facção criminosa se associaram de forma estruturalmente ordenada aos advogados, que representavam o “braço jurídico” do grupo. Assim, eles agiam à margem da lei para obstruir investigações policiais, fornecer informações em tempo real sobre a atuação policial e intermediar a comunicação entre os líderes da organização criminosa presos e demais membros em liberdade, além de outros ilícitos.

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POLÍCIA

Delegado investigado por corrupção e assédio é preso

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O delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres, que estava afastado da Delegacia de Lucas do Rio Verde, a 330 km de Cuiabá, foi preso nesta terça-feira (11) em Cuiabá. Ele foi detido no momento em que chegava de viagem de Minas Gerais.

João Antônio é investigado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil por envolvimento em um suposto esquema de corrupção, abuso de autoridade, prevaricação e assédio sexual. Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar, contra o delegado.

As medidas, que foram representadas pela corregedoria do órgão, foram acolhidas pelo Ministério Público e decretadas pela Justiça de Lucas.

Em nota, a Polícia Civil informou que as investigações para apurar as denúncias contra o delegado estão em andamento e a Corregedoria-Geral não comentará os procedimentos internos, até a conclusão dos procedimentos.

“As medidas cautelares representadas pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil foram acolhidas pelo Ministério Público e decretadas pelo juízo da Comarca de Lucas do Rio Verde”, diz trecho de nota da Polícia Civil.

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Documentos da Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso revelam uma série de supostos crimes e irregularidades cometidos pelo delegado. Conforme as investigações o delegado é investigado por pelo menos oito ilícitos sendo eles: corrupção passiva, por supostamente ter exigido R$ 30 mil para não instaurar inquérito sobre um acidente de trânsito; corrupção passiva e arquivamento indevido, após supostamente ter recebido R$ 40 mil para arquivar um inquérito que investigava falsidade ideológica em documentos de propriedade rural.

Outra denúncia, é de que João Antônio teria assumido a condução de uma investigação atribuído a outra delegada, com intuito de atender interesses de terceiros. João Antônio também é investigado por denúncia de assédio sexual contra uma servidora, que o denunciou por tentar beijá-la a força dentro da delegacia. Conforme a investigação da Corregedoria o caso ainda teria sido abafado por uma delegada.

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