MAIS UM PEDIDO

PGE pede falência do “Rei do Algodão” por dívida de R$ 10 milhões e descumprimento fiscal

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A Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso (PGE) protocolou um pedido para que a recuperação judicial da José Pupin Agropecuária empresa ligada ao empresário conhecido como “Rei do Algodão”  seja convertida em falência. O requerimento foi apresentado à 1ª Vara Cível de Campo Verde, na quinta-feira (30), e aponta descumprimento de obrigações fiscais e inadimplência com o Estado, em um processo cujo valor de causa é estimado em R$ 10 milhões.

O pedido se soma a uma série de ações e impasses que vêm marcando a recuperação judicial do grupo, que tramita desde 2017 e envolve passivos superiores a R$ 1,3 bilhão. Segundo a PGE, a empresa não aderiu ao Refis vigente, não apresentou proposta de transação tributária e segue irregular perante o fisco estadual.

“O descumprimento das obrigações fiscais e do termo firmado com o Estado demonstra o fracasso do plano de recuperação e a inviabilidade da continuidade da medida”, afirmou o procurador Yuri Nadaf, autor do pedido.

A Procuradoria também solicitou que o Ministério Público de Mato Grosso seja intimado a se manifestar e que os créditos tributários estaduais sejam preservados e habilitados na eventual falência.

Descumprimento de compromissos fiscais

De acordo com o pedido, o grupo empresarial havia firmado um Termo de Compromisso com o governo estadual, comprometendo-se a regularizar seus débitos tributários por meio de parcelamento (Refis) ou proposta de transação tributária. Também deveria manter a regularidade fiscal durante o curso da recuperação judicial, condição obrigatória para continuar sob o regime de proteção contra falência.

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A PGE destacou, no entanto, que o grupo não apresentou Certidão Negativa de Débitos (CND)  documento essencial para demonstrar conformidade fiscal e descumpriu as cláusulas firmadas.

“A regularidade fiscal é condição essencial à viabilidade do soerguimento empresarial. O rompimento do compromisso com o Estado compromete a paridade entre credores e a boa-fé que deve reger o processo”, diz trecho do documento.

A Procuradoria fundamenta o pedido na Lei de Recuperação Judicial e Falências (Lei nº 11.101/2005), que prevê a convolação da recuperação em falência em caso de descumprimento das obrigações previstas no plano ou de compromissos correlatos assumidos perante credores e autoridades.

Histórico de irregularidades e pedidos de falência

O grupo José Pupin Agropecuária acumula diversas acusações de má gestão, atrasos na execução do plano e falhas na transparência desde o início do processo de recuperação. Credores e órgãos públicos vêm relatando, ao longo dos anos, dificuldades no cumprimento das metas e resistência da empresa em apresentar documentos exigidos pela Justiça.

A própria administradora judicial já havia alertado para a falta de informações contábeis precisas e para a inobservância de determinações judiciais, o que compromete a fiscalização do plano.

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Além do pedido da PGE, outros credores privados e fundos de investimento também ingressaram com ações de falência contra o grupo, alegando falta de transparência, atrasos e inadimplência nas obrigações previstas.

Império em colapso

Conhecido no agronegócio como “Rei do Algodão”, José Pupin chegou a figurar entre os principais produtores do país, com fazendas em Mato Grosso e em outros estados. Hoje, enfrenta uma crise sem precedentes, com dívidas bilionárias, 67 imóveis penhorados e acusações de má administração.

A situação financeira do grupo tornou-se insustentável após sucessivos descumprimentos do plano de recuperação judicial e a crescente pressão de credores públicos e privados.

Agora, caberá à Justiça de Mato Grosso decidir se o caso seguirá em recuperação ou se a falência do grupo Pupin Agropecuária será decretada, encerrando de vez o ciclo do outrora poderoso “Rei do Algodão”.

Fonte: Olhar Jurídico 

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Pinga Fogo

Corpo de Bombeiros resgata corpo encontrado em poço de 12 metros de profundidade

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O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) realizou, na quarta-feira (5.11), o resgate de um cadáver encontrado dentro de um poço em uma residência no bairro João Godofredo, em Poconé (a 105 km de Cuiabá).

A equipe do 1º Pelotão Independente Bombeiro Militar (1º PIBM) foi acionada pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) por volta das 6h30, após solicitação da proprietária da residência. Segundo informações, ela teria avistado um corpo boiando no poço, que possui cerca de 12 metros de profundidade.

No local, os militares constataram que o poço estava fechado. Ao acessá-lo, confirmaram que se tratava do corpo de uma mulher. Devido à profundidade, a equipe utilizou água da viatura para fazer o corpo boiar até um nível seguro, facilitando o acesso dos militares com escadas e cabos.

A equipe desceu até a proximidade do corpo e realizou o resgate de forma segura, utilizando cabos e amarrações. Após a operação, o corpo foi entregue à Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado (Politec) para as providências cabíveis. As Polícias Militar e Civil também estiveram no local, e as causas do óbito ainda deverão ser apuradas.

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