CIDADES

Empresários contestam TAC sobre poços artesianos no Distrito Industrial

Os empresários entregaram para o governador Mauro Mendes (DEM) um documento que solicita a suspensão do TAC firmado em 2018

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A Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC) contestou o Termo de Compromisso de  Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a empresa Águas Cuiabá e o Ministério Público Estadual (MPE), em março de 2018, que prevê o tamponamento dos poços artesianos na capital sob alegação de contaminação do lençol freático.

Segundo a presidente da AEDIC, Margareth Buzetti, as indústrias e empresas da região não tinham conhecimento do acordo, “O TAC foi firmado sem consultar os empresários envolvidos, sem apresentar para nós nenhum estudo que identificasse a contaminação que pode acontecer pelos poços. As empresas investiram para a construção e como fica isso após tamparem os poços? A concessionária não consegue garantir abastecimento regular no centro de Cuiabá, imagina no Distrito! Temos caldeiras funcionando todo o tempo, imagina uma delas parar por falta de água? É um risco enorme até de segurança”, afirma.

O documento que pede a suspensão do TAC foi entregue ao governador Mauro Mendes (DEM) no final de abril, e está assinado por oito entidades, entre sindicatos e associações, e apresenta ao executivo os pontos ignorados no termo, além de solicitar a suspensão do TAC e propor um diálogo acerca do tema.

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“A assinatura do TAC não foi precedida de publicidade e sequer, contou com a participação das partes que sofrerão os efeitos – pessoas jurídicas (indústrias, hospitais, escolas, comércios, hotéis…) e físicas que possuem poços tubulares. […] Os próprios técnicos da SEMA foram contrários a assinatura do referido TAC […]”, afirma trecho do documento.

De acordo com Margareth, os poços oficialmente regularizados são monitorados. “Os poços artesianos que são outorgados pela SEMA são monitorados a respeito da qualidade e da quantidade de água. Nós estamos pedindo diálogo, é importante debater e compreender todos os pontos dessa medida para não gerar prejuízos para uma série de pessoas e empresas que estão trabalhando e produzindo”, ressalta.

O documento entregue ao governador Mauro Mendes é assinado pela Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC), Federação do Comércio e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e similares (SHBRS), Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscom), Associação Brasileira de Águas Subterrâneas e Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecanica de Manutenção Industrial e de Material Elétrico do Estado de Mato Grosso (Sindimec).

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CIDADES

Enfermeiros denunciam atrasos, perdas salariais e pedem ações urgentes por valorização em MT

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Gilberto Leite | ALMT

Profissionais da enfermagem de diversos municípios de Mato Grosso denunciaram uma série de irregularidades e precariedades enfrentadas no exercício da profissão durante reunião da Câmara Setorial Temática (CST) da Enfermagem, realizada nesta quinta-feira (9), na Assembleia Legislativa.

Entre as principais reivindicações estão o pagamento correto do adicional de insalubridade, a regulamentação da jornada de 30 horas semanais, o repasse integral do piso salarial nacional e medidas contra a precarização dos contratos por empresas terceirizadas.

A enfermeira e vereadora de Nova Nazaré, Geslaine Junqueira, criticou a forma como muitos municípios calculam o adicional de insalubridade, aplicando-o sobre o salário mínimo e não sobre o salário-base, como determina a legislação. Ela defendeu a criação de uma aposentadoria especial para a categoria, diante das condições desgastantes do trabalho.

“Enquanto não houver uma lei que obrigue os municípios a corrigirem essa prática, não teremos uma solução efetiva”, alertou.

Já a vereadora e enfermeira Sarah Botelho, de Tangará da Serra, denunciou atrasos de até quatro meses no pagamento de salários a profissionais terceirizados, e cobrou garantias legais contra esse tipo de abuso.

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Em Cuiabá, a enfermeira Ívina Dodô relatou que os complementos do piso salarial estão sendo reduzidos por descontos indevidos, o que prejudica diretamente benefícios como 13º salário e férias. Ela também destacou a desigualdade entre municípios: “Enquanto Cuiabá paga um valor, Várzea Grande paga outro. Precisamos de isonomia, respeito e estabilidade”, afirmou.

O representante do Conselho Regional de Enfermagem, Pedro Vidal, afirmou que o órgão tem buscado parcerias com o Ministério Público, o Tribunal de Contas e outras instituições para pressionar por avanços e melhores condições de trabalho para os mais de 44 mil profissionais da enfermagem em Mato Grosso.

A presidente da CST da Enfermagem, Enfermeira Merielly, avaliou a reunião como produtiva e garantiu que todas as demandas estão sendo formalmente registradas para futuras ações legislativas. Ela destacou que o deputado estadual Max Russi (PSB) já apresentou indicações ao governador Mauro Mendes cobrando respostas do Executivo.

Proposta de plano estadual inclui segurança e apoio psicológico

Entre as propostas debatidas na CST está a criação de um plano estadual de prevenção à violência contra profissionais da saúde, incluindo medidas como:

  • Licença especial remunerada para trabalhadores vítimas de agressão;
  • Programa de apoio psicológico e social para profissionais da enfermagem;
  • Integração entre unidades de saúde e delegacias para agilizar registro de ocorrências;
  • Reforço da segurança física e tecnológica com câmeras, botões de pânico e rondas policiais.
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“Nós reafirmamos o nosso compromisso com a transformação, com o avanço e com políticas públicas que impactem diretamente a vida da categoria”, finalizou Enfermeira Merielly.

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