IMPACTO NA SAÚDE

Uso excessivo do celular à noite tem piorado a qualidade do sono, avalia especialista

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Apesar de essencial para a saúde física, mental e emocional, dormir bem não tem sido uma realidade para uma parte considerável de brasileiros. Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), no país, cerca de 73 milhões de pessoas convivem com a insônia. Entre a maioria, a origem do distúrbio é ocasionada por um vilão em comum: o uso excessivo do celular à noite, especialmente, pouco tempo antes do descanso essencial.

Uma pesquisa realizada, em 2024, pela empresa NordVPN, da área de rede virtual privada, revelou que 96% dos brasileiros levam o celular ou outros dispositivos móveis para a cama. A médica cuiabana Bruna Ghetti, que atua na área ginecológica e é especialista longevidade feminina e no atendimento de mulheres 40+, avalia que esse hábito tem sido um fator decisivo para a piora na qualidade do sono.

Conforme ela, a luz emitida pelos celulares colabora para a inibição da melatonina, hormônio responsável por estimular o sono. Bruna explica que o ideal é que o uso de celulares ou de aparelhos como tablets, notebooks e até televisores, seja reduzido pelo menos duas horas antes de dormir. “O que muitos não sabem é que, após desligar o celular, o cérebro ainda pode levar até três horas para se desconectar completamente do hiperestímulo gerado”, alerta.

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A especialista destaca que é preciso que o brasileiro mude esse comportamento e entenda que a saúde começa pela qualidade do sono. “A definição de dormir bem não é apenas conseguir iniciar o sono de forma espontânea, mas também mantê-lo. Nos meus atendimentos, ouço relatos de mulheres sem energia e isso, além de outros fatores, tem total ligação com hábitos noturnos, principalmente o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir”, explica.

A médica reforça que cuidar do sono não é um luxo, mas sim uma necessidade para a saúde física e mental. Nesse contexto, ela recomenda a adoção da chamada higiene do sono. “Criar uma rotina de descanso é fundamental. Isso inclui reduzir a iluminação do ambiente, evitar levar problemas para a cama e substituir o uso do celular por atividades relaxantes, como a leitura de um livro ou a utilização de óleos essenciais, como lavanda, que ajudam a acalmar”, sugere.

Chás como de camomila e erva-cidreira, de acordo com ela, também podem ser importantes aliados, pois auxiliam no relaxamento. “É algo simples, mas faz muita diferença na qualidade do sono. O corpo entende que é hora de desacelerar e isso impacta diretamente no bem-estar, especialmente da mulher acima dos 40 anos, quando o sono pode ser afetado por mudanças hormonais”, ressalta a médica.

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CIDADES

Enfermeiros denunciam atrasos, perdas salariais e pedem ações urgentes por valorização em MT

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Gilberto Leite | ALMT

Profissionais da enfermagem de diversos municípios de Mato Grosso denunciaram uma série de irregularidades e precariedades enfrentadas no exercício da profissão durante reunião da Câmara Setorial Temática (CST) da Enfermagem, realizada nesta quinta-feira (9), na Assembleia Legislativa.

Entre as principais reivindicações estão o pagamento correto do adicional de insalubridade, a regulamentação da jornada de 30 horas semanais, o repasse integral do piso salarial nacional e medidas contra a precarização dos contratos por empresas terceirizadas.

A enfermeira e vereadora de Nova Nazaré, Geslaine Junqueira, criticou a forma como muitos municípios calculam o adicional de insalubridade, aplicando-o sobre o salário mínimo e não sobre o salário-base, como determina a legislação. Ela defendeu a criação de uma aposentadoria especial para a categoria, diante das condições desgastantes do trabalho.

“Enquanto não houver uma lei que obrigue os municípios a corrigirem essa prática, não teremos uma solução efetiva”, alertou.

Já a vereadora e enfermeira Sarah Botelho, de Tangará da Serra, denunciou atrasos de até quatro meses no pagamento de salários a profissionais terceirizados, e cobrou garantias legais contra esse tipo de abuso.

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Em Cuiabá, a enfermeira Ívina Dodô relatou que os complementos do piso salarial estão sendo reduzidos por descontos indevidos, o que prejudica diretamente benefícios como 13º salário e férias. Ela também destacou a desigualdade entre municípios: “Enquanto Cuiabá paga um valor, Várzea Grande paga outro. Precisamos de isonomia, respeito e estabilidade”, afirmou.

O representante do Conselho Regional de Enfermagem, Pedro Vidal, afirmou que o órgão tem buscado parcerias com o Ministério Público, o Tribunal de Contas e outras instituições para pressionar por avanços e melhores condições de trabalho para os mais de 44 mil profissionais da enfermagem em Mato Grosso.

A presidente da CST da Enfermagem, Enfermeira Merielly, avaliou a reunião como produtiva e garantiu que todas as demandas estão sendo formalmente registradas para futuras ações legislativas. Ela destacou que o deputado estadual Max Russi (PSB) já apresentou indicações ao governador Mauro Mendes cobrando respostas do Executivo.

Proposta de plano estadual inclui segurança e apoio psicológico

Entre as propostas debatidas na CST está a criação de um plano estadual de prevenção à violência contra profissionais da saúde, incluindo medidas como:

  • Licença especial remunerada para trabalhadores vítimas de agressão;
  • Programa de apoio psicológico e social para profissionais da enfermagem;
  • Integração entre unidades de saúde e delegacias para agilizar registro de ocorrências;
  • Reforço da segurança física e tecnológica com câmeras, botões de pânico e rondas policiais.
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“Nós reafirmamos o nosso compromisso com a transformação, com o avanço e com políticas públicas que impactem diretamente a vida da categoria”, finalizou Enfermeira Merielly.

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