ENTENDA

Investigação do Gaeco não inclui vereadores de Cuiabá; presidente da Câmara reage

Publicado em

A presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Paula Calil (PL), disse que a investigação de vereadores financiados por facções criminosas nunca foram discutidas no parlamento.

De acordo com coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), promotor de Justiça Adriano Roberto Alves, nenhum dos 22 candidatos investigados pelo por suposto financiamento de campanha por facção criminosa é de Cuiabá. O promotor de Justiça  reforçou que a apuração se concentra em outros municípios.

“Essa é uma questão de polícia, uma investigação da polícia. Eu não tenho informações sobre isso. Houve comentário, mas foi por parte de um vereador que é policial. Ele nunca me falou nomes, não sei de nada. Ele formalizou a denúncia, mas sobre quem, não sei”, declarou Calil.

Já o vereador Ranalli, responsável pela denúncia, por sua vez, reforçou que já levou o caso às autoridades competentes.

“Eu fiz a denúncia na Polícia Civil e na Polícia Federal. Nem tudo que a polícia investiga vocês vão saber. A gente teve vereador preso há uma semana da eleição no ano passado, e ninguém sabia que ele estava sendo investigado”, afirmou.

Leia Também:  PM prende dupla por tráfico e apreende 113 porções de drogas em VG

Ele também questionou a falta de medidas dentro da própria Câmara contra suspeitos de envolvimento com facções.

“Por que essa casa não caçou aquele vereador? Teve tempo hábil. Ele é membro de facção criminosa. A investigação é morosa, mas tomara que daqui dois ou três anos a gente tenha um resultado”, disse.

Já, o vereador Jeferson Siqueira , por sua vez, criticou a postura de Ranalli e de outros parlamentares que mencionaram as denúncias sem apresentar provas concretas.

“Quem fala tem a obrigação de provar. Alguns disseram que dariam nomes e não fizeram nada. Então, agora, esperamos que eles venham a público ou se retratem. Caso contrário, não há dúvida de que a Comissão de Ética pode ser acionada para tratar do caso”, finalizou Siqueira.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Política MT

TRE rejeita ação de bolsonaristas e mantém mandato de vereador do PT em Mato Grosso

Published

on

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) manteve o mandato do vereador Leonardo Xavante (PT), eleito em Santo Antônio do Leste, ao julgar improcedente uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo Republicanos, partido ligado à base bolsonarista. A sigla pedia a cassação da chapa da Federação Brasil da Esperança (formada por PT, PCdoB e PV), sob a acusação de fraude à cota de gênero nas eleições municipais.

A decisão é do juiz Eviner Valério, da 40ª Zona Eleitoral de Primavera do Leste, que entendeu não haver provas de que a federação tenha lançado candidatura fictícia apenas para cumprir o percentual mínimo exigido de mulheres.

Segundo a denúncia, a coligação teria registrado seis candidatos a vereador, sendo quatro homens e duas mulheres, e uma delas, Marciana de Jesus, teria concorrido apenas de forma simbólica. O Republicanos alegava que a candidata obteve apenas um voto, o que caracterizaria a suposta fraude eleitoral.

Na defesa, a Federação Brasil da Esperança sustentou que Marciana participou ativamente da campanha, comparecendo às convenções partidárias, comícios, distribuição de material de divulgação e prestação de contas com movimentação financeira regular. A legenda também argumentou que a baixa votação não poderia ser usada como prova de fraude, mas sim como reflexo de sua inexperiência política e da disputa acirrada no município.

Leia Também:  Frente Parlamentar em defesa de agentes comunitários e de endemias é instaurada na ALMT

Provas anexadas ao processo confirmaram a presença da candidata em atos de campanha. Em sua decisão, o magistrado destacou que, ainda que Marciana tenha afirmado em depoimento que “saiu candidata para ajudar o partido”, essa declaração isolada não comprova intenção deliberada de burlar a lei.

“Foi verificada uma participação efetiva, ainda que tímida, da candidata no processo eleitoral. A incerteza quanto à intenção do partido de fraudar a cota de gênero faz prevalecer o princípio in dubio pro sufrágio, segundo o qual a expressão do voto popular deve ser prioritariamente tutelada pela Justiça Eleitoral”, escreveu o juiz.

Com base nesse entendimento, o magistrado concluiu que o Republicanos não comprovou o suposto conluio para registrar candidatura fictícia, decidindo pela improcedência da ação e manutenção da chapa eleita.

A decisão reforça o posicionamento da Justiça Eleitoral mato-grossense de que baixa votação isoladamente não caracteriza fraude à cota de gênero, desde que existam elementos que demonstrem participação efetiva das candidatas na disputa.

Informações Folha Max

Entre no grupo do Folha360 no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).

 

Leia Também:  Teatro Zulmira Canavarros recebe a segunda edição da "Mostra Ara Arte"

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

GRANDE CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA