MAX RUSSI

Respeito aos povos indígenas é respeito à história e ao futuro de Mato Grosso

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Neste 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso presta uma homenagem sincera a todos os povos originários que fazem parte da nossa história, da nossa cultura e da construção do nosso estado.

Mato Grosso abriga atualmente 43 povos indígenas, distribuídos em mais de 80 terras reconhecidas oficialmente, o que faz do nosso estado um dos mais diversos do país em termos étnicos e culturais. São mais de 50 mil indígenas que mantêm vivas suas línguas, crenças, modos de vida e tradições milenares.

Essas comunidades são exemplo de resistência, sabedoria e conexão com a natureza. São também protagonistas na preservação ambiental: estudos mostram que as áreas indígenas são as que mais conservam a floresta, os rios e a biodiversidade. Proteger os povos indígenas é proteger o que temos de mais valioso: nossa riqueza cultural e ambiental.

Na Assembleia Legislativa, temos trabalhado para promover ações efetivas de inclusão social, educação bilíngue, fortalecimento da saúde indígena e diálogo permanente com as lideranças tradicionais.

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Um dos marcos mais importantes desse compromisso foi a criação do programa Ser Família Indígena, idealizado por mim, deputado Max Russi, como uma extensão do Ser Família — principal programa de proteção social do Estado. O Ser Indígena leva dignidade, segurança alimentar e assistência direta às aldeias, respeitando as especificidades culturais de cada povo. Esse é um passo concreto na direção de um Mato Grosso mais justo, humano e inclusivo.

Também temos apoiado iniciativas para ampliar o acesso de jovens indígenas à universidade, incentivar o empreendedorismo sustentável e garantir recursos para transporte escolar e infraestrutura básica em comunidades indígenas. A ALMT está aberta para ouvir, aprender e atuar lado a lado com essas populações que são parte fundamental da identidade mato-grossense.

Respeitar os povos indígenas não é apenas cumprir o que está na Constituição Federal – é reconhecer sua importância viva no presente e seu papel essencial na construção de um futuro mais justo, plural e sustentável para todos.

Neste dia especial, celebramos a diversidade cultural que nos orgulha e renovamos nosso compromisso com o diálogo, a inclusão e a justiça social. Que essa data nos inspire a seguir construindo pontes, valorizando a sabedoria ancestral e promovendo dignidade a todos os povos que formam a alma de Mato Grosso.

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A Enfermagem merece ser ouvida

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Como presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, sempre acreditei que política se faz com escuta e sensibilidade. Ao longo dos anos, conversando com profissionais da saúde em todo o estado, percebi algo que todos nós sabemos, mas muitas vezes deixamos de lado: os profissionais da enfermagem são a espinha dorsal do nosso sistema de saúde. E, mesmo assim, ainda lutam diariamente por reconhecimento, valorização e condições dignas de trabalho. Foi pensando nisso que propus a criação da Câmara Setorial Temática de Enfermagem, agora oficializada na Assembleia.

 

A história da enfermagem no Brasil é marcada por resistência, dedicação e evolução. Desde o trabalho pioneiro de Ana Néri, na Guerra do Paraguai, passando pela criação das primeiras escolas de enfermagem com inspiração no modelo de Florence Nightingale, essa profissão se consolidou como uma das mais essenciais para a vida humana. Hoje, o país conta com mais de 2,8 milhões de profissionais da enfermagem, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares. Eles representam mais de 60% da força de trabalho da saúde — e isso por si só já diz muito.

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Mas por trás desses números estão vidas que se doam todos os dias. São profissionais que atuam em hospitais, unidades básicas, ambulâncias, centros cirúrgicos, UTIs, áreas rurais e indígenas. Muitos enfrentam jornadas exaustivas, plantões noturnos, múltiplos vínculos de trabalho, além de riscos físicos e emocionais constantes. Um estudo recente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) apontou que quase 70% dos profissionais de enfermagem no país sofrem com sintomas de estresse crônico ou burnout. Isso é alarmante — e precisa ser enfrentado com seriedade.

 

A pandemia de COVID-19 escancarou o que já sabíamos, mas que muitos ainda insistiam em ignorar. Enquanto o mundo parava, os profissionais de enfermagem seguiam firmes, enfrentando o desconhecido com coragem e empatia. Muitos adoeceram, alguns perderam a vida, outros nunca mais foram os mesmos. E mesmo diante disso tudo, seguiram cuidando. São heróis silenciosos, que muitas vezes trabalham sem o equipamento ideal, com salários defasados, sem descanso suficiente e com pouco amparo emocional.

 

A criação da Câmara Setorial Temática de Enfermagem é um passo concreto para mudar essa realidade. Nosso objetivo é ouvir diretamente esses profissionais, construir políticas públicas que dialoguem com suas necessidades reais, discutir carga horária, piso salarial, formação continuada e saúde mental. É preciso entender que investir na enfermagem é investir na saúde de todos nós.

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A enfermagem não pode mais ser tratada como coadjuvante. Ela é protagonista. Cuidar de quem cuida da gente é um compromisso que devemos assumir com seriedade, gratidão e responsabilidade. Essa Câmara é apenas o começo. Vamos caminhar juntos, ouvindo, propondo e transformando.

 

Max Russi

Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso

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